Quando pensamos no futuro dos serviços financeiros, rapidamente, nos vem à mente a atuação das Fintechs. E não é para menos. Afinal, essas instituições estão liderando esse movimento disruptivo que vem prometendo uma verdadeira revolução na forma com que a sociedade lida com o dinheiro e resolve as suas demandas.
Elas não bancos, são startups, basicamente empresas baseadas em tecnologia, que surgiram com a proposta de desburocratizar os serviços financeiros. Ou seja: são empresas financeiras de tecnologia, formadas pelo acrônimo Fin ( de finanças) + Techs (de tecnologia).
Para conseguir oferecer essas facilidades as Fintechs vem com uma estrutura mais enxuta, para que você possa ter alguns diferenciais e soluções mais simples, como taxas de juros menores, mais acesso a crédito, menos tempo perdido no deslocando até uma agência bancária e outros serviços mais.
Por tudo isso, elas estão mudando a maneira com que as pessoas lidam com o dinheiro, facilitando essas rotinas para dar mais autonomia e poder para esses consumidores.
Com a expansão das Fintechs, hoje e cada vez menos você vai precisar se deslocar até uma agência bancária para resolver problemas com a sua conta.
Afinal, um dos grandes objetivos das empresas com esse perfil é democratizar o acesso aos serviços financeiros.
Com elas, tudo pode ser resolvido via Internet ou Mobile Banking, do seu computador, tablet ou celular. É a praticidade que agora está na palma da sua mão.
E quem pensa que toda essa quebra de paradigmas vai demorar para aportar aqui no Brasil, pode se surpreender.
Afinal, o Brasil já é considerado o maior ecossistema de fintechs da América Latina, segundo o Finnovista.
Aqui no Brasil esse cenário é recente. Ainda assim, já temos mais de 400 Fintechs operando e empresas dos mais variados tipos. São organizações que atuam nas categorias de bancos digitais, blockchain e bitcoin, gestão financeira, pagamentos, seguros e eficiência financeira.
Mas todas elas com um ponto em comum: operam totalmente pela internet, ou seja, sem lojas físicas.
A revolução gerada por elas é tamanha que o fenômeno tem sido apelidado de “Über dos bancos”.
E não é para menos. Afinal, essas empresas têm cada vez mais ocupado o papel de protagonistas no cenário financeiro e são as principais responsáveis pela revolução que estamos vivendo hoje.
Em uma pesquisa realizada pelo Google, 71% das pessoas se sentiram satisfeitas com os serviços oferecidos pelas fintechs, enquanto o número dos que estão felizes com os bancos é de 42%.
E os motivos para isso vão muito além da simplificação dos processos.
Com o surgimento das Fintechs os consumidores agora têm alternativas para driblar as taxas de juros exorbitantes cobradas pelos bancos, a falta de agilidade e a grande burocracia envolvida. Ou seja, eles têm nas mãos oportunidades antes delas jamais imaginadas.
Quando falamos em bancos tradicionais é importante fazermos uma separação, deixando claras as diferenças que existem entre eles e uma cooperativa de crédito.
Afinal, assim como nas Fintechs são os interesses do consumidor e o bem estar da comunidade que estão no centro dessas operações. E você já vai saber o porquê.
Diferente dos bancos, as cooperativas são constituídas pelos próprios cooperados, para atender seus interesses. E eles têm total influência e poder de decisão sobre os produtos e serviços oferecidos.
Ah, e um detalhe, elas não têm fins lucrativos. É por isso que os resultados positivos (as sobras) podem ser divididas entre os cooperados. E ainda, elas conseguem oferecer taxas menores aos seus associados pelos mesmos produtos oferecidos pelos bancos.
Entendidas essas questões, vamos continuar o nosso raciocínio. Acompanhe!
O setor financeiro não é apenas um segmento a mais, mas uma parte essencial na nossa estrutura social. É por isso que qualquer mudança nessa área já é capaz de provocar uma grande revolução.
Neste cenário, arriscamos dizer que as empresas financeiras que sobreviverem pouco terão a ver com o conceito tradicional que conhecemos hoje.
Afinal, se estamos migrando para o digital, pra que agencia? pra que gerentes?
O movimento das Fintechs talvez não decrete o fim dos bancos tradicionais. Mas, é provável que essas instituições sejam uma exceção à regra, mais voltados a nichos específicos do que a uma lógica para toda a sociedade.
Afinal, como em qualquer revolução, é natural que ocorram incorporações e a eliminação de alguns competidores, mas ainda é cedo para previsões.
A revolução das Fintechs segue a pleno vapor, mas está só começando.