A transformação digital trazida pela crise do coronavírus é, de longe, a maior dos últimos anos. Das grandes às pequenas empresas, do pequeno agricultor ao grande exportador de produtos industriais, passando pelas oficinas, empresas de bairro e grandes bancos, todos tiveram que adotar novas formas de gerir os negócios. E fizeram isso por questão de sobrevivência.
Neste caso, aquela máxima de que diz “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças” parece fazer bastante sentido!
E aí na sua empresa, como ela tem se adaptado? Vamos mostrar, a seguir, algumas alternativas adotadas por empresas de diversos ramos, e sugerir ações que podem servir ao seu empreendimento, proporcionando não apenas “sobrevivência”, mas fortalecimento.
O primeiro caso da Covid-19 teria ocorrido em novembro do ano passado (2019). Até então, a pandemia nem sequer alardeava mercados e bolsas de valores. Parecia ser apenas mais uma notícia distante, como muitas outras, de uma doença que ficaria restrita ao distante Oriente. Mas os meses foram passando e logo o coronavírus ganhou o mundo. Chegou na Europa, Oceania, América… e no Brasil. O pânico estava instalado!
A primeira reação em cadeia foi o desespero. Bolsas em queda, demissões em massa, paralisação da produção industrial, queda nos serviços. Parecia que iríamos enfrentar uma crise econômica de proporções desconhecidas até então. Não que a crise não tenha vindo. Está claro para todos que vivemos, hoje, uma situação bastante complexa. Mas o que ninguém previa era que a capacidade humana de adaptação – incluindo nos negócios – conseguiria, de algum modo, driblar tudo isso. Exemplos de superação começaram a surgir.
Passado o abalo inicial, as empresas tiveram duas opções: ou entenderiam a crise e as oportunidades dali nascidas, ou fechariam. Mas “brasileiro não desiste nunca”, diz o ditado, e foi isso que aconteceu de Norte a Sul do país. Do salão de cabeleireiro ao pet-shop, os empresários investiram – e estão investindo – na transformação digital dos seus negócios.
E se a venda, antes, era feita no balcão, agora passou a ser via site, blog, Facebook Marketplace, grupo de WhatsApp da família, Instagram, Twitter… Vale tudo! E o público, que antes ficava restrito ao bairro ou, com sorte, à cidade, passou a ser bem maior – variando de acordo com a capacidade de distribuição ou prestação de serviço da empresa.
E pra virar esse jogo, anunciado por todos como perdido, foi preciso abrir mão de muita coisa… e se apossar de outras. E parece que tem dado certo. Veja alguns exemplos:
O cursinho de idiomas passou a dar aulas virtuais; assim, foi preciso investir no treinamento dos professores e em métodos de ensino que fossem atrativos aos alunos. Resultado: ganhou o cursinho, que pôde permanecer funcionando, a empresa que desenvolveu metodologias educacionais EAD (Educação a Distância), e os alunos, que puderam seguir o cronograma de ensino. Interessante, não?!
A oficina mecânica que, até então, perderia boa parte do movimento, começou a anunciar serviço de “leva e traz” para seus clientes. Com isso, o cliente não precisava ir até a oficina. A oficina ia até o cliente. E como os carros não estavam andando tanto quanto deveriam – afinal, carro não foi feito pra ficar parado – muitos mecânicos passaram a focar nos serviços de manutenção preventiva de itens que mais se deterioram quando o carro fica parado. Também adotou a famosa maquininha de cartão, ampliando as possibilidades de pagamento.
A loja de roupa que não podia abrir, mas tinha um grupo de WhatsApp com as clientes cadastradas, passou a enviar ofertas por ali. As roupas escolhidas eram levadas até a casa da cliente, que poderia experimentar e dar uma resposta no dia seguinte, com calma. No boca a boca, as vendas aumentaram e o lucro também!
A marcenaria, para não ficar parada, continuou a produção, mas passou a oferecer seus produtos pelas mídias sociais. Assim, começaram a vender não apenas na cidade onde estavam localizados, mas até onde eles conseguiam fazer entregas.
Todas essas adaptações, que resultaram em saldos positivos do ponto de vista financeiro, só foram possíveis porque tais empresas usaram e abusaram (no bom sentido!) de soluções tecnológicas já existentes, mas que nem sempre eram aproveitadas.
Se antes as redes sociais serviam apenas para “jogar conversa fora”, agora elas passaram a ser vistas como eficientes canais de negócio. Se o comércio local preferia receber em “dinheiro vivo”, agora passou usar boletos, cartão, conta de pagamento, facilitando a vida do cliente, mas também gerando maior retorno. Satisfação garantida para ambas as partes!
E não foram poucos os empresários que, no meio da crise, descobriram a conta de pagamento da PagueVeloz, facilidade que permite a ele emitir cobranças e receber pagamentos sem nem precisar ter uma conta em banco. Tem e-book sobre isso aqui.
Mas tem coisas que a transformação digital nunca poderá substituir: o bom atendimento, a gentileza, o interesse sincero em atender aquilo que o cliente necessita e, claro, a alegria de servir bem.
Por mais adaptada que sua empresa esteja, a simpatia pode atrair negócios que os sistemas tecnológicos dificilmente conseguiriam prever. E se a sua empresa ainda está se adaptando ao novo cenário, não esqueça de colocar uma pitada de alegria em tudo que faz.
E é unindo criatividade, tecnologias e muita simpatia que empresas por todo o Brasil estão mostrando ser possível seguir em frente, dar a volta por cima!